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Eliza Gibson

Nascida na casa de Ponte d’Uchoa em 23 de dezembro de 1856, Eliza ficou órfã aos 6 anos de idade. 

 

 

Casou com Bento José da Silva Magalhães tendo o casal deixado os nove filhos a seguir nominados: Bento, Eduardo, Àlvaro, Elvira, Maria Evangelina, Palmira, Fernando, Arnaldo e Laura.

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Houve resistência da familia ao casamento sob a alegação de que Bento seria pobre. Segundo me informou Luciana Fellows, da mesma forma que Alice & Theodomiro Valois, esta filha do Henry também teria fugido para casar-se. Consumada a fuga, não cabia mais oposição, porém a família impôs um trato pré-nupcial na qual Eliza, individualmente, seria responsável pela administração de seu patrimônio. Algo que corresponderia hoje a um casamento com separação total de bens. A informação da fuga foi contestada por Altair Almeida Magalhães (a Tatá), filha de Alvaro - neta de Alice & Bento, que me afirmou nunca ter escutado a versão da fuga. Fica portanto registradas as duas versões. Já a questão do contrato pre-nupcial, na qual Eliza seria administradora de seus próprios bens, temos notícia que o referido contrato foi "celebrado no Cartório do tabeliam Maranhão Sobrinho".

O Jornal do Recife de 21 de janeiro de 1874, traz em Primeira Denunciação os proclamas do casamento de Bento com Elisa.

 

 

Mas, se ocorreu resistência ao casamento, o tempo demonstrou ser Bento um sério e excelente administrador tendo multiplicado a herança recebida por Eliza, e ainda segundo Luciana Fellows, tendo prestado por diversas vezes socorro financeiro a seus cunhados, quando solicitado.

 

 

Nossa prima Sara Maybury (em 20.out.2011) nos informa da seguinte notícia:

 

CALENDAR OF WILLS

 

 

MAGALHAES Eliza Gibson of Rua Bernardo Vieira de Mello,1065 - Pernambuco, Brazil widow died 5 August 1926 Administration London 15 August to Eduardo Magalhaes ranch proprietor. Effects£582 15s. in England.

 

TRADUÇÃO:

 

CALENDÁRIO DE TESTAMENTOS


Eliza Gibson MAGALHAES da Rua Bernardo Vieira de Mello, 1065, viúva, Pernambuco, Brasil morreu em 05 de agosto de 1926 - Administration Londres, em 15 de Agosto-Eduardo Magalhães, proprietário rural. Impostos £582 15s. na Inglaterra.

 

Esta informação de que Eliza - já viúva, poderia ter deixado bens na Inglaterra e que seu filho Eduardo teria pago impostos ao governo inglês, surpreendeu seus descendentes, que a contestaram. Não conseguimos entender esta notícia: porquê o falecimento de Eliza foi noticiado na Imprensa Britânica? Porquê Eduardo foi citado? E porquê impostos foram cobrados?


Eduardo foi o pai de Bento Magalhães Neto, a quem mamãe (Virginia Gibson) carinhosamente chamava de Bentinho, e que foi meu professor na Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco.

 

Um dos filhos de Eliza, o Coronel Bento Magalhães Filho, foi um dos mais respeitados homens do turfe pernambucano e por diversas vezes ocupou a presidência do Jockey Clube de Pernambuco sendo que da ultima vez, já contava com a idade de 80 anos. Nesta época, já era o Jockey, o clube da elite pernambucana, que sempre aos domingos ali comparecia para apreciar as corridas de turfe. Sempre que o Jockey enfrentava dificuldades era na pessoa de Bento Magalhães Filho, um dos mais prósperos comerciantes do Recife, que se encontrava o socorro necessário. Para homenagea-lo, foi merecidamente criado o Grande Prêmio Bento Magalhães, disputado pela primeira vez no dia dia 25 de outubro de 1964. Até hoje é considerada a maior e mais importante prova do turfe nordestino.

 

Bento Magalhães Filho foi também um dos fundadores do Clube de Regatas Náutico Capibaribe, em 1901. Inicialmente criado com o objetivo da prática do esporte de remo, hábito bastante inglês e elitista, e que era desenvolvido nas águas até então não poluídas do rio Capibaribe, teve como seus primeiros atletas os próprios Magalhães: Eduardo, Álvaro e o neto Baby Ledebour. 


Lembro-me das disputas do Náutico com o seu principal adversário, o Clube de Remo Barroso. As pessoas ficavam nas pontes Duarte Coelho e Nova acompanhando a disputa e torcendo pela sua equipe de preferência. Pena que este esporte não seja mais praticado no Recife. O Capibaribe ficava lindo com aqueles barcos finos, compridos e rápidos cortando suas águas e a cidade em festa, cheia de "moças bonitas e casadouras", elegantes, que vinham acompanhar as regatas.  Eram dias importantes no Recife e com muito "glamour".


Quando adolescente ensaiei uma tentativa de ser remador. Procurei a marina de uma das equipes que ficava na Rua da Aurora (acho que o Barroso) e fui atendido pelo porteiro. Informou-me  que eu ainda não tinha idade para integrar a equipe, e fez a seguinte observação: "Meu filho, se voce ver o tamanho desses homens, até assusta!". Em outras palavras: cai fora, moleque! Foi um grande argumento. Desisti.


Posteriormente o Náutico formou seu time de futebol e na sua primeira disputa, contra o Sport, saiu-se vitorioso, tendo contado com Baby Lebedour como um de seus principais jogadores. O Baby Lebedour era sobrinho de Bento Filho e neto de Bento & Elisa. Até hoje uma disputa entre o Nautico e o Sport é considerado como o clássico dos clássicos do futebol Pernambucano, sendo que este primeiro jogo, até hoje, é comentado pela imprensa especializada do Estado.

 

É portanto, indiscutivel a enorme contribuição que os filhos de Bento e Eliza deram à história do esporte em Pernambuco.  


Socialmente, marcaram época. Seja no Jóquei Clube, no Náutico ou no Clube Internacional do Recife (que também foram fundadores), os filhos de Bento e Eliza - dandis, eram referências na sociedade recifense da época.


Esta vocação dos Gibson Magalhães para os esportes e para a vida social, com certeza foi herdada de Bento. Outra característica dos Gibson Magalhães é a longevidade que alcançam. Longevos e produtivos até o final. 

 

Agradecemos a Luciana Fellows, a Altair (Tatá), a Yvone Cavalcanti, a Antonio Fernando e a Antonio José pelas imagens e informações aqui postadas.


Continuamos aguardando outras contribuições dos demais Gibson Magalhães, para corrigirmos eventuais erros ou omissões e para que possamos dar continuidade as informações aqui contidas'.


Dispomos das fotos dos documentos que relatam o Formal de Partilha da parte que coube a Elisa no inventário do pai - Henry Gibson, assim como do Inventário da própria Elisa. Coloco à disposição dos interessados.

 

Bento Magalhães Filho.

 

Eduardo & Antonieta

 

Familia Oliveira Magalhães

 

Bento, Elisa e descendentes

Palmira Magalhães

 

Altair Magalhães Almeida, a Tatá,  (neta de Elisa & Bento)

 

Eliza & Carlos

 

 

Hermann Bento Magalhães Ledebour, o Baby Ledebour

Augusto Frederico de Oliveira

Amélia Oliveira

Elisa Gibson Magalhães

Altair com a neta Mariana Almeida Rogers

Familia Gibson Magalhães

Ao centro, a matriarca Altair Magalhães de Almeida (Tatá) com seus filhos e enteados. Da esquerda para a Direita, vemos:  Nivaldo Braz de Almeida Filho (enteado), Frederico Magalhães de Almeida (filho), ALTAIR, Elizabeth Magalhães de Almeida (filha), Rita de Cassia de Almeida Dalle (enteada), Ana Tereza de Almeida Santana (filha), Sérgio Magalhães de Almeida (filho). Atrás da Altair, está Andrea Magalhães de Almeida (filha).

 

Equipe do Remo do Clube Nautico Capibaribe. Técnico: Bento Magalhães Filho, ao centro.

Na foto, presença de Hermann Ledebour, Álvaro e Eduardo Magalhães.

 

 Amélia e Martha Oliveira.    Em Martha reconheço traços fisionomônicos fortes de Alexandrina e de minhas primas Gibson.  

Em Amélia, traços dos Gibson Valois. Conclusão:  "Sangue não vira água"

 

Os primos: Henrique Cândido de Oliveira & Elisa Magalhães. Henrique foi sobrinho de Alexandrina e Elvira, neta.  

Mais um casamento entre primos na familia.

 

Bento Hermann Magalhães Ledebour (Bentinho)

 

Cecilia Ledebour, falecida infante

 

Casa do Campo Grande nos dias atuais 2

 

Casamento de Hermann Bento Ledebour e Maria Angelina

Na casa de Campo Grande, da Esquerda para Direita, Luís Alberto Ledebour Filho, Isabel Ledebour, Carlos Henrique Ledebour Locio e nos braços de Isabel, Clara Ledebour ( filha de Luís Alberto Filho)

 

Casamento de Maria Elisa Ledebour Jordão com Armando Jordão

 

Maria Evangelina Magalhães Ledebour

 

Lúcia Ledebour, Maria Lúcia Ledebour de Oliveira e Angelina Ledebour

 

Da esquerda para a direita, Lilian Ledebour, Lúcia Ledebour

e Elisa Cairoli.

 

Família de Hermann Adolpho Ledebour e Maria Evangelina Magalhães 

 

Na casa  de Campo Grande onde moraram Hermann Ledebour e Maria Evangelina. Na foto estão o Baby, Lúcia, Maria Elisa, Lilian e Bento Hermann.  Carnaval.

 

Casa do Campo Grande nos dias atuais 1

 

 

 

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