A análise destes testamentos nos dão uma visão interessante sobre os nossos avós: profissão, relações sociais, as preocupações de cada um deles, etc... É como colocar carne e sangue em cima dos esqueletos. Contempla-los com parte de sua história.
Temos referencia ao testamento de Henry, que estabeleceu-se em Pernambuco – the merchant. Com sua morte houve uma discussão entre os governos do Brasil e da Inglaterra sobre qual deles teria a legitimidade sobre os impostos. O inglês alegava que tratava-se de súdito britânico e o brasileiro de que se tratava de cidadão residente no Brasil. A discussão foi provocada por Mr. Christie, cônsul britanico residente no Rio de Janeiro.
Apesar de existir na época um tratado da Inglaterra com Portugal na qual garantia aos súditos ingleses estarem subordinados às leis inglesas, e não as portuguesas, mesmo que estes súditos residissem em Portugal ou em suas colônias, o Brasil levou a melhor.
Em um trabalho sobre Direito Internacional, publicado em 1965, novamente surge como exemplo de decisão judiciária o testamento de Henry Gibson.
Porque a discussão? Será que os bens deixados por Henry justificariam esta discussão?
Tenho esperanças de – em breve, localizar e aqui publicar o testamento do nosso avô Henry, the Merchant.