Desde que criei o site familiagibson, peço aos nossos primos que se apresentem, para que possamos nos conhecer. Somos muitos e estamos radicados em vários Estados e até mesmo fora do País. A verdade é que sabemos algo sobre nossos avós mas não nos conhecemos. 

Não há necessidade de escrever uma auto biografia. Muito menos de querer superar os feitos de qualquer um dos Gibson antigos. Eles são exceção. Bastaria um "breve relato" falando nome, filiação, profissão, domicilio, se for casado, esposa, filhos e netos. Incluam fotos, histórias... não queremos uma auto biografia mas também não precisa ser um "curriculum vitae". É importante conhecermos os Gibson que estão, no momento, escrevendo a história da família.

Tenho o prazer de apresentar a voces a história de nosso primo CRINAURO JACQUES MIRANDA, do ramo Gibson Jacques. Com a palavra, o Crinauro:

A minha história é simples comparada à do meu tio Marcílio. Foi nele que me inspirei e segui carreira na aviação, com a ajuda do meu querido tio Lula (Luís Brotherhood).

Ingressei na TRANSBRASIL em julho de 1973 como co-piloto de Emb 110. Depois de dois anos fui promovido a Comandante. Em 1976 fui para o Jatão. Um Boeing 727, como primeiro oficial. Seis anos nesta função e fui mais uma vez promovido a Comandante de Boeing.

Em 1990, fui para a Koreia do Sul, e depois de várias entrevistas, provas e testes em simuladores, trabalhei como instrutor de voo para os Koreanos. Fiquei em Seoul por cinco anos.

Em 1995 já com meus papéis de imigração em andamento, através de Anthony Wizauer, voltei para os Estados Unidos. O Anthony foi um grande homem, honesto e trabalhador. Um grande amigo. Fui recebido por ele e por sua família em 1967 como estudante inter-cambista, através do curso YOUTH FOR UNDERSTANDING. Foi graças a ele que conquistei a cidadania americana em 1996.

Voltei para a Califórnia e tive quatro empregos na Aviação Comercial. Segui como comandante de DC 10 e MD 11 na empresa GEMINI AIR CARGO aonde tive a oportunidade de viajar para todos os cantos do mundo. África, Oriente Médio, Europa, Estados Unidos, Canadá, América do Sul e Central, México, Ásia, Ilhas do Pacífico, Norte e Sul Austrália, Singapura, China, Japão.... Trabalhávamos transportando cargas em empresas como United FedEx, Lufthansa, Air France, Air Canada, Korean Air, Asiana, Japan Air, Qantas e também para o Exército Americano, levando peças de motores e armamento bélico pesado, para várias bases aéreas espalhadas pelo mundo.

Em 2008, com a crise econômica, a GEMINI AIR CARGO foi vendida para o GRUPO CARLYLE que tinha como diretor do Conselho Administrativo, George Bush, ex presidente dos Estados Unidos. Posteriormente a empresa foi a falência e com a crise voltei mais uma vez a voar no Brasil, pela TRIP LINHAS ÀEREAS e posteriormente na AZUL aonde me aposentei, em 2016.

Voando por 43 anos tive vários incidentes em voo, tais como: fogo em motor, falha e perda do sistema hidráulico, de pressurização, problemas com o trem de pouso e com o sistema elétrico da aeronave, além de outros problemas menores. Como recebi um bom treinamento e por ter estado sempre bem assessorado, conseguimos resolver nossas panes com êxito e precisão e então, consegui encerrar minha carreira sem nenhum acidente grave.

Hoje estou de volta à minha família, estabelecidos aqui em Oceanside. Uma cidade pequena e calma ao Norte de San Diego, passando meus dias com minha esposa Luciane, com minha filha Júlia e as netas Alessandra e Adriana. Visito sempre o meu filho Homero, que mora em Katy Texas.

Agradeço a todos com quem trabalhei e convivi durante a vida. As lembranças e as amizades foram e ainda são, muito boas.

Agora é a vez dos filhos e netas. Que Deus nos ilumine!

Crinauro e Luciane com a filha Julia e Anthony e Netas Adriane e Alessandra

Chrinauro e Gustavo Gibson